Teoria de Darwin
Em 1831, Darwin embarcou no Beagle, com o intuito de observar e coletar amostras de seres vivos desses lugares. Darwin estava bem a par de algumas das modernas teorias de sua época conhecia as ideias do geólogo Charles Lyell (1797-1875), segundo as quais o planeta era constante e lentamente remodelado por forças poderosas, como vulcões e terremotos, conhecia, também, as observações feitas pelo naturalista alemão Alexander von Humboldt, que viajara pela América Latina. Por fim, Darwin sabia dos estudos em demografia de Thomas Malthus (1766-1834), segundo os quais o meio ambiente oferecia poucos recursos de sobrevivência em relação à quantidade de seres vivos que nasciam. Foi com base nessas ideias, mais a imensa quantidade de material coletado durante os cinco anos de navegação, que o jovem expedicionário desenvolveu a teoria da evolução das espécies pela seleção natural.
Entenda a diferença entre a lei do uso e desuso e a seleção natural

Luta pela sobrevivência
A teoria de Darwin é explicada em Sobre a Origem das Espécies, publicada em 1859. Apesar do título, o naturalista inglês não explica como surgiram as primeiras espécies do planeta, mas como as diferentes espécies se definem. Darwin baseia-se muito no que ele observou durante a viagem no Beagle, mas parte do conhecimento que ele tinha sobre a criação de animais. Ele observou que, dadas condições ideais, todos os animais em cativeiro sobrevivem. Mas o criador pode selecionar indivíduos com as características que mais lhe interessam para se reproduzir. Foi assim que se criaram as diferentes raças (subespécies) de galinhas, pombos e porcos. Se o homem é capa z de fazer essa seleção artificial, então a natureza deve fazer a própria seleção natural.
Em resumo, pelo darwinismo, os seres vivos se desenvolvem com base na:

1- Variação: os indivíduos não nascem todos iguais, ainda que descendem dos mesmos pais.
2- Adaptação: as diferenças entre os indivíduos de uma geração interferem nas suas chances de sobrevivência. Quanto mais adaptado ao meio ambiente, maiores são as chances que um ser vivo tem de sobreviver.
3- Seleção natural: a própria natureza se encarrega de selecionar os indivíduos mais aptos:
só vencem os desafios ambientais (escapar de predadores, encontrar alimento, resistir
a alterações climáticas) os que nascem mais bem preparados. Os demais são eliminados.
4-Descendência: ao se reproduzirem, os seres vivos bem adaptados que sobrevivem trans-
mitem às novas gerações suas características favoráveis. Com o tempo, todos os indivíduos
da espécie apresentam essas características.
5- Longo prazo: a seleção natural não ocorre de uma geração para outra, mas ao longo de muitas delas. O próprio meio ambiente pode se alterar (com longos períodos de seca ou de frio, por exemplo), passando a exigir novas adaptações dos organismos para que eles sobrevivam.
OBS-Darwin observou que as características dos indivíduos adaptados eram transmitidas a seus descendentes, mas não soube dizer como isso ocorre.
guia do estudante apostila de biologia de 2017
Ana Carolina B. Macedo////Larissa R. da Silva